O Morro do
Mato de Dentro ou Morro do Lampião está situado no sul da ilha,
entre os bairros do Rio Tavares e Campeche e tem uma altura de 230
metros.
Sua vasta extensão, hoje é coberta por mata
atlântica em fase de recomposição.
Há alguns anos grande
parte do morro era usado para extração de madeira a ser usada como lenha
e plantação de mandioca pelos proprietários da área, visando a produção
da farinha e cumprindo uma tradição indígena e depois luso açoriana.
A proibição do uso do solo em Áreas de
Preservação Permanente, enfatizando a área do Morro do lampião e das
dunas, associada ao declínio da atividade agrícola, fez com que a partir
da década de 1970 a vegetação nativa voltasse a se regenerar.
Do alto de seus 230
metros,sobre a Pedra do Urubu, tem-se uma visão de 360º da ilha de Santa
Catarina.
A beleza do cenário é composta pela visão da
Ilha do Campeche, Lagoinha, Lagoa do Peri, Lagoa da Conceição, Campo de
Aviação, baía Norte com a ponte Hercílio Luz até o Morro Cambirela.
Sua riqueza de
nascentes desce morro abaixo alimentando a Lagoinha, Lagoa da Chica,
Aquífero do Campeche, Lagoa do Peri, etc. , o que faz com que o lençol
freático do Campeche seja muito superficial.
A rica avifauna é
composta de gaviões, papagaios, tucanos, alma de gato, sábias, canários,
gralhas, picapaus, corruíras, tiés, joãos de barro, corujas, lagartos,
cobras as mais variadas, lobos guará, tatus, gambás, macacos prego,
A partir de 1970, o Morro Mato de Dentro
passou a ser conhecido como morro do Lampião. Antes disto, a comunidade
de moradores nativos entendia que o lampião aceso era apenas um ponto
luminoso no breu
(escuridão) situado no ponto mais alto do Morro e que atendia aos
interesses do Campo de Pouso dos Franceses ou seja da Latecoere/Air
France.
Isto perdurou por pouco tempo - mais ou menos
13 anos – pois conforme os comentários dos nossos antepassados, desde o
primeiro pouso mais ou menos em 1925 ( cujo Piloto era Paul Vachet –
acho que este é o nome - onde hoje se situa alguns equipamentos da Base
Aérea de Florianópolis, quase ao final da Rua do Gramal) e que depois
orientados por este mesmo Piloto foram adquiridos terrenos , a nordeste
do local do primeiro pouso, onde se formalizou o aeródromo do Campeche (
onde hoje falamos que é terreno da União).
Portanto, o “lampião
aceso” pouco significava para a Comunidade e não interferia em seu modo
de atuar, apenas contribuía para a manutenção do caminho do carretão,
pois era necessário estar sempre limpo para que o responsável pudesse
diariamente subir até o local (pico) para renovar o azeite (combustível)
e acendê-lo e os demais moradores para cuidar de suas plantações e em
busca de lenha
Arte ONODI 2015
(Arte: Bruno César Queiroz Gonçalves)
As fotos do ano de 2015 encontram-se na página do facebook do Bloco ONODI
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