Bel - Rainha do Onodi
( Lucas Chagas e Robson Corrêa)
Maria
Isabel
Rainha do nosso carnaval
Ela sempre estará aqui
Cantando alegrimente no bloco do ONODI
Os Manezinhos
do Campeche
Moram no meu coração
Antes de sair no bloco
Como
um prato de pirão
Uma honra quem conheceu
A nossa rainha Bel
Que deixou muita saudade
E hoje festeja com o ONODI no céu
Logo que você partiu
Tomou conta a tristeza
Levou parte do ONODI
La se foi nossa alteza
Nem te conto ixtepô
A falta que ela
faz
E sempre será lembrada
Com o sorriso no rosto
Que não
acabava mais
(Letra: Francisco Teodoro)
Nossa eterna
rainha nos deixou
Deixando muito mais
Do que saudade
Sua
energia
Que dominava
Aonde ela passava
Não existe a
história
Do Onodi
Sem cantar de você
Maria Isabel
Maria Isabel
Para outros era só
A companheira
De todos os
momentos
A tal da Bel
A tal da Bel
Foi uma honra
para todos
Que te conheceram
Não importa quantos minutos
Horas
Semanas
Meses
Ao anos foi
Foi uma honra para
todos
Que puderam conviver
Que seja um estante
Com uma
pessoa
Que foi você
Sabemos que a vida continua
E nosso
amor
Por você também
Maria Isabel
A Isabel
Nossa eterna
Bel
Arte ONODI 2016
(Arte: Bruno César Queiroz Gonçalves)
(Letra: Francisco Teodoro)
Muito se discute
Da onde é que surgiu
Esse nome Onodi
Mas quando ele está a
passar
Ninguém questiona
Que a ideia
Foi boa demais
No
passado era conhecido
Como um bloco
De carnaval
Hoje é
chamado de família
Por várias e vários
E pelo jeito
Essa
união
Não vai ser encontrado um fim
Tenho essa conclusão
Quando escuto
Ele passa
Todos os anos
Os gritos só vêm a
aumentar
Como se fosse a mesma voz
Onodi
Onodi
REFRÃO
Entra ano
Passa ano
E nós nos alegramos
Com sua
alegria
Comemorando
A cada carnaval
Ao seu lado
E
agradecemos a vocês
Por essa família existir
E pra vocês
E
por vocês
E sempre será assim
Maria Isabel Machado
Lemos, nasceu já
lutando para sobreviver. Sua mãe, qual leoa protetora da cria,
alimentou-a a conta gotas até dois anos. Procurou todos os especialistas
em saúde, até onde seu dinheiro alcançou, conseguindo tirá-la da zona de
perigo.
Apesar das
dificuldades, não teve nenhum problema para estudar. Desde cedo aprendeu
que a opinião dos outros pouco a interessava, pois os outros, a
submetiam a chacotas constantes, o que chamamos hoje de bulling. Em
contrapartida, as vitórias eram saboreadas e vividas com ardor, como
quando aprendeu a andar de bicicleta. Foi a glória!
E também foi à luta:
formou-se em nutrição, fez pós-graduação e fez curso de extensão para
poder fazer cardápio para crianças subnutridas.
Participou do
Projeto Rondon em Mato Grosso.
Trabalhou durante cinco anos como
nutricionista do Palácio do Planalto, antes e durante o governo Sarney.
Contava que gostava das noites de Brasília, pois saía muito para festas.
Trabalhou, também, em Blumenau no Hospital Santo Antonio.
Deu aulas de
nutrição.
Lia sobre nutrição. Não gostava de romances. “É tudo ilusão.”
Gostava de Roberto Carlos e ouvia rádio desde pequena.
Na infância e
adolescência ouvia a Rádio Itaí e o programa preferido era “A Dama da
Noite”, sempre anunciado de forma teatral. “A Hora do Indignado” era
outro programa que gostava de ouvir.
Debochada, espirituosa e inteligente, nada
escapava a sua língua e ao seu olhar crítico. Os amigos próximos
conheciam bem esse seu lado.
O sonho de ir à Nova York foi realizado há
anos e num pub, protagonizou cenas de filmes que tinha visto, quando os
atores pediam uísque, fazendo deslizar o copo pelo balcão até chegar à
mão. Divertiu-se bastante e gastou muito sem arrependimentos.
O ONODI nem tinha
nascido ainda como tal e ela já se juntava fantasiada para brincar no
carnaval. Quando nasce o ONODI, ela nasce como rainha, carinhosamente
intitulada, pelos demais membros do grupo como rainha do Bloco.
Seu carisma e
alegria contagiante na concentração do bloco em frente à Igrejinha do
Campeche a cada domingo de carnaval, fez que seu título de rainha se
concretizasse no recebimento da faixa de Rainha do ONODI, carinhosamente
recebida como foliã mor do Bloco, e com a qual desfilou ao longo dos
anos com orgulho e entusiasmo. Nesta hora seus súditos a batizaram de
Maria Isabel Lizandra Couto de Magalhães e Mendonça, nome pomposo de
rainha. A Bel se transformava.
Na verdade tinha uma grande alegria de se
transformar em Rainha. Ficava ansiosa até ter resolvido a fantasia.
Nos últimos
anos, limitações de saúde impediram que Bel pudesse permanecer no bloco
por longos períodos, mas não media esforços em estar presente com sua
faixa de rainha, sendo cumprimentada por todos, tal qual celebridade que
era no bairro, e não só no carnaval, na praia, nas ruas, nos bares.
Seu
companheiro dos últimos anos, Glaico, a cuidava e a acompanhava por
todos os lugares onde sua inquietação ou sua alegria de viver a levava.
Não costumava falar
de suas dores.
Sabia comemorar a vida.
Lutou até onde pôde.
Neste ano o
ONODI desfila em homenagem a esta rainha que recentemente nos deixou.
Deixou saudades e um espaço enorme em nossos corações.
Carnaval do ONODI - 2016
As fotos do ano de 2016 encontram-se na página do facebook do Bloco ONODI
Bruno Covello - "Carnaval de Rua"
https://www.rioaliancafrancesa.com.br/artigos-eventos-realizados/42-prix-photo
Algumas das Fotos Premiadas
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